Eles são a necessidade das coisas
a coerência da essência
o codinome dos vértices.
E eis que permanecem perdidos
em tumbas petrificadas,
na companhia de selva do álcool.
Porque a minha língua
é a sua sombra
e me canso de procurar
as minhas incansáveis palavras em passos.
Se algo me esquece?
Talvez.
Estou apenas abrigado em asas de sujeito,
ao redor do objeto,
acabando-me no verbo.
Amar.
Ora, se o amor não me inspirasse
não me perderia nos encantos eróticos de Bocage
ou no fogo mórbido de Byron.
Pois são nos meus males, lágrimas e mágoas
que busco os meus louvores tão fúnebres...
Ainda não sou lúgubre,
mas o prazer que me inspira
apresenta-me a queixa, o sacrilégio, a morte.
Seus lábios são furtivos
me enchem de martírios
e minhas mãos agora acordam.
Sim, se não fossem meus versos
não mergulharia em amor insaciável
e nem tocaria o cheiro de sua face.
Hei de parar de escrever.
Estou perdido em estrofes tácitas,
que me corroem e reconstroem
a cada momento.
Estou atado a minha liberdade
e violento minha volúpia de amor em versos acabados.
Que coexistem em mim.